O membro do Hall da Fama, ídolo do Los Angeles Lakers, 11 vezes All-Star da NBA e ex-general manager do Los Angeles Clippers, Elgin Baylor, morreu nesta segunda-feira (22) aos 86 anos de idade. O lendário ala faleceu por causas naturais e estava cercado pela sua esposa, Elaine, e sua filha, Krystal, no momento do falecimento, de acordo com nota oficial do Los Angeles Lakers.

“Elgin era o amor da minha vida e meu melhor amigo”, disse Elaine em nota. “E como todos, eu era maravilhada com sua imensa coragem, dignidade e tempo que ele dedicava aos fãs. Neste momento, pedimos que eu e nossa família possamos estar de luto em paz”, completou a viúva.

Considerado como um dos maiores jogadores da história, Baylor foi selecionado para o All-Star 11 vezes, além de fazer parte de um All-NBA team dez vezes ao longo dos 14 anos com os Lakers, entre 1958 e 1971. Ele venceu o prêmio de calouro do ano em 1958-59 e o título de MVP do All-Star Game daquela temporada. Ainda por cima, a lenda do basquete possui média de um duplo-duplo por jogo em sua carreira, tendo 27,4 pontos e 13,5 rebotes por partida.

Com os Lakers, que se mudaram de Minneapolis para Los Angeles em 1960, Baylor disputou as finais oito vezes, mas nunca ganhou um título, sendo três das derrotas para o Boston Celtics. Ele possui o recorde de mais pontos em uma partida das finais, quando marcou 61 contra os Celtics em 1962.

“Elgin era a superestrela de sua época”, disse a dona dos Lakers, Jeanie Buss, em nota. “Ele é um dos poucos jogadores dos Lakers cuja carreira se passou em Minneapolis e em Los Angeles. Mas mais importante, ele era um homem de grande integridade, servindo inclusive os Estados Unidos como reservista do exército e jogando pelos Lakers apenas no tempo livre dos finais de semana. Ele é um dos grandes de todos os tempos dos Lakers, com sua camisa 22 aposentada e sua estátua na frente do Staples Center. Ele sempre será parte do legado dos Lakers. Em nome de toda a família Lakers, eu gostaria de mandar meus pensamentos, minhas orações e condolências à Elaine e a família Baylor”.

Um de seus maiores feitos na carreira foi ser o primeiro jogador a marcar 70 pontos em um jogo, chegando a 71 contra o New York Knicks em novembro de 1960. Esta marca foi recorde de pontuação da franquia até que Kobe Bryant anotou 81 pontos contra o Toronto Raptors em 2006.

Baylor se aposentou jovem na temporada de 1971-72, após ter problemas com lesões no joelho. Por pouco ele não foi campeão da NBA, visto que sua equipe venceu o título daquele ano ao superar o New York Knicks em cinco jogos.

Após se aposentar das quadras, Elgin foi treinador por um curto período de tempo (1976-79) do New Orleans Jazz, mas não obteve sucesso ao sair do posto sem aparições nos playoffs. Então, ele encontrou um novo emprego no Los Angeles Clippers, sendo general manager do time de 1986 a 2009. No entanto, o time teve apenas duas aparições na pós temporada. Mesmo assim, em 2005-06, a equipe venceu 47 jogos, chegou até as semifinais do Oeste e Baylor venceu o prêmio de executivo do ano na NBA.

O astro depois afirmou que deixou seu cargo por conta da idade e de descriminações raciais. Estas acusações fizeram parte de um processo contra os Clippers, mas a denúncia foi deixada para trás de vez em 2011.

Elgin Baylor serviu como GM na gerência de Donald Sterling, ex-dono do LA Clippers que foi banido para sempre da NBA após gravações escondidas de comentários racistas do milionário foram a público. O ex-ala afirmou que trabalhou para Sterling por falta de oportunidades para ex-jogadores negros e por precisar sustentar sua família.

Na faculdade, Elgin Baylor não teve uma carreira de menos destaque. Ele liderou Seattle a sua única aparição no Final Four em 1958, mas acabou perdendo o título para Kentucky. Independentemente, Baylor foi eleito o jogador mais excepcional daquele torneio. Após este desempenho fenomenal, o atleta foi a primeira escolha do Draft de 1958 pelo LA Lakers.

Elgin, na verdade, já havia sido escolhido pelos Lakers anteriormente na 14a rodada do Draft de 1956, mas optou por seguir na carreira universitária por mais dois anos.

Após o encerramento da carreira, Elgin Baylor foi nomeado para o Naismith Memorial Basketball Hall of Fame em 1977, foi o sexto Laker a ter uma estátua – inaugurada em abril de 2018 – e teve seu número 22 aposentado em 1983.

Por: Giovani Danjo
Fonte: theplayoffs.com.br
Foto: Reprodução Twitter/Los Angeles Lakers