O setor de turismo no Brasil, um dos mais impactados pela pandemia de Covid-19, avalia que os próximos meses devem ser de crescimento para o setor. Pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) aponta que quase metade do empresariado (45%) projeta crescimento econômico para o setor, enquanto 29% acredita que os negócios se manterão estáveis. A pesquisa foi realizada com hotéis, pousadas, restaurantes, bares e similares de todo o país.

O presidente da FBHA, Alexandre Sampaio, avalia que a vacinação da população contra Covid-19 deve possibilitar a retomada plena das atividades. “A vacinação geral da população é a nossa melhor chance para conseguir voltar às atividades de forma completa. Sem dúvidas, ainda há um longo percurso para atravessarmos”, analisa.

Desde o início da pandemia, o governo federal atuou para reduzir os efeitos da Covid-19 no turismo. O Ministério do Turismo iniciou uma série de ações com foco na proteção do turismo brasileiro e de seus trabalhadores. Atuou junto a área econômica do governo para garantia dos salários e jornadas de trabalho e na regulamentação das relações de consumo no segmento. E, ainda, garantiu R$ 5 bilhões em empréstimos por meio do Fundo Geral do Turismo (Fungetur).

“Lançamos o Selo Turismo Responsável para estimular a adesão de todo o setor de turismo no Brasil a protocolos de proteção contra o coronavírus, trazendo mais segurança aos turistas e a trabalhadores. Já temos mais de 26 mil emitidos a estabelecimentos e guias de turismo que aderiram à iniciativa”, destaca o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.

Em novembro do ano passado, o governo federal lançou ainda a Retomada do Turismo. Trata-se de uma aliança nacional em nome da retomada do setor de forma responsável e segura, que reúne 32 instituições do poder público, iniciativa privada, terceiro setor e Sistema S, coordenada pelo Ministério do Turismo. Para isso, estão sendo desenvolvidas um conjunto de ações que vão desde o reforço na concessão de linhas de crédito para capitalizar empresas do setor e preservar empregos até obras de melhoria da infraestrutura dos destinos turísticos.

Festuris

A feira de negócios turísticos mais querida do Brasil e mais efetiva em resultados acontecerá de 4 a 7 de novembro de 2021, nos pavilhões do Serra Park, em Gramado.

Será a 33ª edição de um dos eventos mais tradicionais e longevos do país. Em 2020, o Festuris foi a primeira feira presencial de turismo das Américas a ser realizada durante a pandemia. Agora, convoca a indústria do turismo a continuar a reconstrução do setor. Por isso, o slogan desta edição será “Reconstruindo o Turismo”.

https://www.festurisgramado.com

Apoio aos bares e restaurantes

As principais entidades representativas dos segmentos de bares e restaurantes do país – entre elas a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), a ABF Alimentação, o Instituto Food Service, a Associação Nacional de Restaurantes (ANR) e o SindRio (Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro) – entregaram neste mês ao Ministério da Economia, e a outras autoridades estaduais e federais das capitais, um manifesto em defesa da sobrevivência do segmento e, por conseguinte, dos milhares de empregos gerados pelas empresas do ramo de alimentação fora do lar no país.

No documento, as entidades chamaram a atenção para, até hoje, em duzentos anos de história dos bares e restaurantes, não ter tido ainda registro de cenário tão adverso para o segmento quanto o atual. De acordo com as entidades, o setor congregava, antes da Covid-19, aproximadamente um milhão de estabelecimentos, gerando empregos diretos de aproximadamente seis milhões de pessoas, com faturamento anual da ordem de R$ 250 bilhões de reais. “Somos parte integrante e significativa da estrutura econômica do Brasil e, nesta medida, devemos merecer das autoridades constituídas a atenção indispensável ao segmento e à manutenção de suas atividades neste momento tão difícil”, pontuam no manifesto.

O documento apresenta uma síntese minuciosa das necessidades emergenciais do segmento, relacionadas às questões de ordem Financeira, Tributária, Trabalhista/Previdenciária e Imobiliária, com vistas a mantê-lo vivo dentro da estrutura econômica do país.  “Reconhecemos que os Poderes Públicos têm instituído uma série de medidas emergenciais aos setores e empresas de forma geral, mesmo aquelas que não necessitam de ajuda. Entendemos que o setor de bares e restaurantes com quedas superiores a 70 % nas vendas no total dos meses de abril a junho de 2020 precisa ser entendido e atendido de forma prioritária e diferenciada”, defende o manifesto.

 

Por: Sérgio Moreira
Fonte: melhorviagemlp.com