O turismo doméstico lidera na procura e já está próximo dos níveis pré-pandemia, enquanto o internacional se recupera na medida em que novas fronteiras vão reabrindo ou anunciando datas próximas para a reabertura.
Na apuração concluída semana passada, as associadas ABAV indicam que a procura por destinos internacionais está próxima dos 50%, na comparação com o mesmo período de 2019.
Também em alta estão os cruzeiros, que tem na recém liberada temporada 2021/2022 a expectativa de superar os níveis de venda pré-pandemia, com a projeção de um impacto positivo de R$ 2,5 bilhões para a economia nacional, além da geração de 35 mil empregos.
No doméstico, a demanda por saídas com embarque imediato ou datas próximas é liderada por Bahia, Alagoas e Pernambuco; enquanto no internacional o Caribe desponta com Cancun e Punta Cana, seguido por Dubai, Maldivas, Portugal, Espanha e os Estados Unidos, recém reabertos.
Já para as saídas de Natal e réveillon, o mercado aponta alta na procura acima de 60% nas últimas semanas, para destinos como Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Florianópolis; Entre as escolhas internacionais, Nova York, Orlando, Paris, Buenos Aires, Miami e Cancun lideram a demanda.
Ainda de acordo com a apuração, cresce também a procura por viagens no Carnaval, com destaque para os destinos do Nordeste. Entre os pacotes mais demandados estão os de férias em família (32,1%), viagens individuais por múltiplas cidades (16,7%), viagens em grupo (14,1%) e as viagens para casais (9%).
As agências estão otimistas com o avanço na recuperação, e mais de 60% delas já projetam aumento entre 50% e 60% no faturamento nos próximos 12 meses.
Entre os respondentes, 87,2% indicaram que perderam faturamento acima de 60% em decorrência da pandemia, mas 80,8% acreditam na retomada do faturamento em índices próximos ao período pré-pandemia em dois anos; 76,9% das agências perceberam aumento de novos clientes solicitando ajuda na organização das viagens, o que se configura em maior valorização do papel que exercem, e 61,5% esperam contratar colaboradores nos próximos seis meses a um ano.
Questionados sobre os principais entraves para a retomada definitiva citaram a incerteza sobre o final da pandemia; malha aérea ainda reduzida, o que reduz a flexibilidade nas reacomodações; fronteiras internacionais ainda fechadas; a falta de padrão nas regras de admissão de turistas nos destinos internacionais; e alta das moedas estrangeiras.
Fonte: Ascom ABAV Nacional