O governo federal está estudando privatizar ou conceder áreas públicas em praias brasileiras para estimular a criação de complexos hoteleiros e o recebimento de cruzeiros internacionais. A proposta é construir no litoral brasileiro estruturas comparáveis ao que vemos em Cancún, destino do Caribe mexicano mundialmente famoso pelos enormes e luxuosos resorts.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o projeto prevê o lançamento de uma fase piloto envolvendo quatro regiões: Angra dos Reis (RJ), Maragogi (AL), Florianópolis (SC) e Cairu (BA), que é onde fica Morro de São Paulo. Depois, dependendo dos resultados, poderia ser expandido para outras cidades e regiões do Brasil.
O objetivo do projeto, que vem sendo chamado inicialmente de “Praias do Brasil”, é promover o turismo no litoral brasileiro por meio da atração de investimentos privados, com geração de emprego e renda, mas com um mote sustentável.
O poder público ficaria responsável pela privatização de imóveis à beira-mar para a construção de hotéis e resorts e também pela concessão à iniciativa privada ativos inalienáveis, como faixas de areia, ilhas e espelhos-d’água para a construção de píeres e marinas. Para isso, estão envolvidas equipes de vários ministérios, como da Economia, Infraestrutura e do Meio Ambiente.
O lançamento de editais públicos de chamamento para estudos está previsto para ocorrer em junho. Já as licitações para venda ou concessão de áreas estão previstas para o primeiro semestre de 2022, de acordo com a Folha.
Projetos como este costumam ser polêmicos. De um lado, podem desenvolver economicamente as regiões e mudar a realidade das comunidades que lá vivem, criando polos com alto potencial turístico. Do outro, trazem impactos sociais e ambientais que precisam ser mitigados. Mas tanto no Brasil, quanto no mundo, existem dezenas de iniciativas que servem de exemplos positivos e negativos para novos projetos. Com a tecnologia e o conhecimento disponíveis hoje, certamente é possível criar projetos alinhando os interesses do planeta, da sociedade e das comunidades locais.
Por: Leonardo Cassol
Fonte: Melhoresdestinos.com.br