Seja lendário. Era a frase escrita no tênis, na tatuagem no braço e nos números de Devin Booker no jogo 2 da final da NBA. Na noite desta quinta-feira, o astro anotou 31 pontos, com 7 cestas do perímetro – terceira melhor marca da história da série decisiva – e liderou o Phoenix Suns na vitória sobre o Milwaukee Bucks por 118 a 108. Os Suns abriram 2 a 0 e protegeram a vantagem do mando de quadra. A série migra agora para Milwaukee para o jogo 3, no próximo domingo, às 21h.

Giannis Antetokounmpo marcou 42 pontos, em um jogo histórico, da mesma forma. Foram 20 só no terceiro quarto, o maior número em qualquer período de um jogo de final nos últimos 25 anos na NBA. Mas a ajuda foi escassa. Nenhum outro jogador do Milwaukee fez mais de 17 pontos (Jrue Holiday). Pelo Phoenix, Mikal Bridges fez seu melhor jogo nos playoffs e anotou 27. Chris Paul contribuiu com 23 pontos e 8 assistências. O Phoenix teve aproveitamento de 50% nos chutes de três, com 20 de 40 – foi o segundo maior número de acertos na história das finais. O domínio dos Bucks no garrafão, com 54 a 28, não foi suficiente.

Khris Middleton anotou apenas 11 pontos, 6 rebotes e 8 assistências, com 5 de 16 de quadra e 1 de 6 em arremessos do perímetro em 41 minutos. A estrela dos Bucks deixou a desejar no ataque e na defesa. Foi o marcador primário que mais cedeu pontos durante o duelo. Sem sua colaboração, Giannis ficou sobrecarregado e as tentativas de recuperação dos Bucks no segundo tempo não tiveram sequência.

Nas 35 vezes que um time abriu 2 a 0 na história das finais da NBA, este foi campeão em 31 vezes. Se a estatística não favorece, os Bucks contam com a torcida a favor e o exemplo da série contra o Brooklyn Nets, em que também começaram com duas derrotas fora de casa e saíram vitoriosos. A oportunidade de início de recuperação é na noite de domingo.