A temporada da esperança começa! Neste momento, todos os torcedores (exceto dos Texans) acreditam que muitas mudanças boas podem acontecer e o time ser realmente competitivo. Um Draft muito imprevisível se aproxima, com um mix de jogadores que não disputaram nenhuma partida em 2020 e outros que tiveram uma temporada quase normal.
O Draft deste ano tem como características predomínio de jogadores ofensivos. Offensive linemen, wide receivers e, obviamente, quarterbacks são grupos recheados de talentos, todos capazes de fazerem muita diferença desde o primeiro ano. A história da liga muda toda vez que encerramos o mês de abril, e este ano não será diferente.
Este é o primeiro mock de muitos que a equipe The Playoffs produz após a abertura oficial da free agency e serão vários até a noite da primeira rodada do Draft, em 29 de abril. Escolhas, trocas e projeções serão de responsabilidade da análise de cada autor.
Vamos à versão #1 do nosso Mock Draft NFL 2021!
MOCK DRAFT NFL 2021 THE PLAYOFFS – VERSÃO #1
#1 – Jacksonville Jaguars: Trevor Lawrence (QB – Clemson)
Precisa explicar? Essa escolha foi feita quando Lawrence brilhou na temporada 2018 do college, levando Clemson ao título nacional. Jacksonville tem cap, escolhas de draft e muita ambição para criar um time forte o suficiente para Sunshine se desenvolver na liga. Tempos de muita alegria na Flórida, hein?!
#2 – New York Jets: Justin Fields (QB – Ohio State)
Esta é a escolha mais importante dos últimos 15, 20 anos da franquia. E, com certeza, vai ditar os próximos 15 anos da equipe. Apesar de rumores e até certezas, acredito que Joe Douglas irá se impressionar com o potencial atlético e intelectual de Fields, tornando ele a grande esperança de sucesso na Big Apple.
Não se deixe enganar pelos reports, Fields é, DE LONGE, melhor que qualquer outro QB disponível aqui na posição 2. Líder, forte, ótimo passador, sabe correr com a bola. Não há fatores dentro de campo ou da personalidade do jogador que o tirariam da segunda escolha, ou será que a cor da pele pesará tanto?
#3 TRADE ALERT!* – Carolina Panthers (via Dolphins e Texans): Zach Wilson (QB – BYU)
O ano de 2020 foi magnífico para Wilson dentro de campo. Diante de adversários não muito fortes, distribuiu muito a bola no fundo do campo, quase não cometeu turnovers e entrou na conversa para ser uma escolha alta no Draft. Muitos comparam ele a Patrick Mahomes e Aaron Rodgers (um exagero, pra mim), o que impressiona muito, mas não esconde suas falhas.
Contra Wilson, há ainda um dificuldade em explorar passes curtos, extremamente necessários na NFL, bem como, por vezes, peca na progressão de leituras. Ainda que não o veja próximo aos dois primeiros, acredito que poderá evoluir e se tornar um grande QB na NFL.
*A troca citada é uma simulação feita pelo autor
#4 – Atlanta Falcons: DeVonta Smith (WR – Alabama)
Apesar de muita gente ignorar, Draft também requer um pouco de sorte. Com clara necessidade de melhorar sua defesas, os Falcons têm uma escolha alta justamente no ano em que não há defensores tão polidos. Assim, o time pega o jogador que entende como melhor disponível.
O fim da dupla Ryan/Jones se aproxima e, com isto, a equipe da Georgia volta a selecionar um recebedor de Alabama para estruturar seu ataque. Smith vem de uma das melhores temporadas da história para um WR, venceu o Heisman e trará muito dinamismo a um ataque com Jones e Calvin Ridley.
#5 – Cincinnati Bengals: Penei Sewell (OT – Oregon)
Os Bengals acertaram em cheio na escolha de seu quarterback na última temporada. Burrow mostrou logo no primeiro ano que tem capacidade de quebrar a maldição de Cincinnati não vencer jogos de pós-temporada. Mas, para isto, precisa ser melhor protegido.
Sewell é um prospecto excelente, comparável a Quenton Nelson quando chegou na liga. Ótima capacidade de leitura de blitz, força e muita habilidade de mãos marcam este prospecto. Com isto, o time conseguiria encontrar as duas peças mais importantes de um ataque em dois drafts seguidos, começando definitivamente uma era nova em Ohio.
6 – Philadelphia Eagles – Ja’Marr Chase (WR – LSU)
O alvo favorito de Burrow escolheu não disputar a temporada 2020 em virtude da Covid-19, mas isto não deve afetar seu potencial de ser selecionado entre os primeiros. Ao longo de 2019, mostrou uma habilidade incrível de correr rotas, vencer os melhores marcadores em man e ler defesas em zona, mudando jogos a partir de uma jogada explosiva o bastante para terminar na end zone.
Chase chegaria para assumir a condição de recebedor número 1, dando mais espaço para Goedert e Reagor aparecerem como armas alternativas a Hurts. Já passou da hora de parar de viver do Super Bowl LII.
#7 – Detroit Lions: Jaylen Waddle (WR – Alabama)
Novamente, Alabama coloca dois recebedores na primeira rodada. Waddle chegaria para ser o novo WR1 de Detroit, que viu Golladay e Marvin Jones saírem durante a free agency. O produto de Bama mostrou muita qualidade para correr rotas, e só não produziu mais por conta de uma lesão no tornozelo, que o acompanhou até a final nacional.
A rapidez do trabalho de pés de Waddle pode auxiliar a confundir defensores e, especialmente, dar vantagem na hora que sair da linha em marcações sob pressão. Outro ponto muito interessante é a qualidade nas mãos, pois difícil dropa e pode receber passes contestados. Na escolha 7, Waddle pode ser um reach, mas você espera que os Lions acertem?
#8 TRADE ALERT!* Miami Dolphins (via Panthers): Micah Parsons (LB – Penn State)
O primeiro defensor do Draft 2021 é o instintivo linebacker de Penn State. Parsons tem todas as qualidades que você espera no centro de sua defesa, mostra uma habilidade fora do comum de ler corridas e furar bloqueios. Com isto, os Dolphins ganhariam um jogador de muita qualidade no front seven, capaz de executar blitz com muita velocidade e ajudar a DL.
O grande problema de Parsons, na verdade, é fora do campo. Ao longo dos últimos meses, o jogador foi alvo de acusações graves e de incidentes diferentes, o que pode afetar a forma como as franquias o enxergam. Mas, se Flores aprendeu com Belichick, isso não será um problema, certo?
*A troca citada é uma simulação feita pelo autor
#9 – TRADE ALERT! Washington Football Team (via Denver): Trey Lance (QB – North Dakota State)
O impossível acontece e o Washington encontra um QB antes de um novo nome! Mesmo com a contratação de Fitzpatrick, o time precisa encontrar uma solução a longo prazo, e Lance pode providenciar isto enquanto corrige algumas falhas com Fitz.
O prospecto mostra uma habilidade incrível para correr, com muita força e disposição para quebrar tackles. Além disto, em virtude da habilidade com as pernas, acaba atraindo mais defensores para perto da linha, aproveitando muito bem situações de play action para explorar o fundo do campo. Assim como Wilson, precisa explorar melhor as zonas intermediárias, mas há tempo para se desenvolver.
*A troca citada é uma simulação feita pelo autor
#10 – Dallas Cowboys: Kyle Pitts (TE – Florida)
Mais uma vez, um excelente recebedor cai no colo de Dallas, que não deixa passar. Pitts teve uma carreira impressionante na Florida, e tem a combinação de corpo e velocidade que são raras na liga para um jogador de sua posição. Ainda que algumas equipes o vejam como WR, eu vejo em Pitts um jogador muito parecido com Darren Waller.
A linha ofensiva deve voltar a ficar saudável, não há um prospecto defensivo bom o bastante para superar o talento de Pitts e, por isto, Jerry Jones dá mais uma arma para Dak Prescott se divertir em seu retorno aos gramados.
#11 – New York Giants: Gregory Rousseau (Edge – Miami)
O primeiro edge da classe a ser selecionado é um verdadeiro animal. Rousseau é absolutamente fantástico na arte de pressionar o QB adversário, anotando a incrível marca de 19.5 sacks em 2019, quando era calouro na universidade. No dia do Draft, o DE terá recém completado 21 anos, ou seja, ainda tem MUITO espaço para aprender mais e virar um defensor de elite na liga.
Os Giants acertam em cheio nesta escolha, adicionando um jogador muito bom em uma posição de clara necessidade para equipe. Após endereçar WR na free agency, Big Blue encontra seu edge no Draft.
#12 – San Francisco 49ers: Mac Jones (QB – Alabama)
Um casamento absolutamente perfeito em San Francisco: Kyle Shanahan e Mac Jones. O estilo de jogo do HC privilegia a utilização de corridas e ganho após a recepção, enquanto o QB se destacou muito por proteger bem a bola e aproveitar o dinamismo de seus recebedores para avançarem muito após receber a bola.
Jones mostrou características que já fariam disputar a posição de titular com Jimmy Garoppolo hoje (e vencer, na minha opinião), e pode representar uma resposta que, a longo prazo, não existe na Califórnia hoje. Campeão nacional, Jones chegou a ser descrito como muito melhor que Tua pelo vencedor do Heisman D. Smith.
#13 – Los Angeles Chargers: Rashawn Slater (OT – Northwestern)
Um excelente tackle que cairia como uma luva acaba com a missão de defender o melhor rookie da temporada temporada passada. Slater tem muita força e uma versatilidade impressionante, podendo alinhar em qualquer parte da OL. Se você tem qualquer dúvida, sugiro olhar ele enfrentando Chase Young.
Para os Chargers, a escolha faz muito sentido. Herbert parece ser a resposta para a franquia, que falhou demais em proteger Philip Rivers na parte final de sua carreira. Assim, Slater reforçaria a linha ofensiva, dando mais tempo para Herbert continuar castigando os rivais.
#14 – Minnesota Vikings: Alijah Vera-Tucker (OL – USC)
Muitas vezes apontado como OT, Vera-Tucker, pra mim, será um excelente guard na NFL. O jogador mostra uma força absurda nos bloqueios e ótima capacidade de chegar ao segundo nível da defesa para abrir ainda mais espaços. Por conta de seu tamanho, pode enfrentar defensive tackles mais pesados com competência – mesmo que tenha na divisão Clark e Mack pela frente.
Nesta altura do Draft, seria um steal incrível para os Vikes conseguir um jogador desta qualidade, e supriria uma necessidade clara do time: pavimentar o jogo terrestre. Com bons bloqueios, o time pode confiar em Dalvin Cook para abrir caminho e dar tempo aos playactions bem executados por Kirk Cousins.
#15 – New England Patriots: Kwity Paye (DL – Michigan)
Paye é apontado como um edge por muitos analistas, mas vejo mais ele como um jogador que deveria alinhar por dentro. No sistema dos Pats, poderia variar entre DT e DE (algo que não o vejo capaz de fazer em defesas que jogarem somente em 34), criando variações de alinhamento e modificando conforme a descida e o número de jardas.
Em Michigan, o jogador mostrou muita força para pressionar, e tem um motor que não se apaga para continuar atacando a proteção ou buscar o jogador com a bola. Com a criatividade de Belichick, é possível ver Paye evoluindo e criando grandes problemas em New England.
#16 – Arizona Cardinals: Patrick Surtain II (CB – Alabama)
A saída de Patrick Peterson precisa de reposição a longo prazo. Os Cardinals então escolhem Patrick Surtain para trazer ainda mais elementos interessantes a esta defesa. Com um ataque muito dinâmico, endereçar a posição de cornerback numa divisão que enfrenta Russell Wilson e Matt Stafford é muito importante.
Surtain mostrou muita inteligência em Bama, sendo peça no esquema de Saban mesmo em seu primeiro ano na universidade. Ainda que não tenha uma velocidade muito elevada para competir com os recebedores mais velozes, é ótimo fit para trabalhar zonas, com muito espaço para se desenvolver.
#17 – Las Vegas Raiders: Christian Darrisaw (OT – Virginia Tech)
Após pagar a linha ofensiva mais cara e obter pouca qualidade – especialmente nos bloqueios ofensivo – os Raiders optaram por reconstruir sua linha ofensiva, distribuindo o cap mais igualmente ao longo dos setores do time. A linha foi refeita, faltando apenas a posição de right tackle, anteriormente ocupada por Trent Brown (criticado por não bloquear bem).
A maior força de Darrisaw é justamente o encaixe de bloqueios e auxílio que dá ao jogo terrestre. Com Jacobs liderando as corridas e chegada de K. Drake, Darrisaw ganha ainda mais valor em Nevada para completar a OL. Numa divisão com Miller/Chubb, Bosa jogando sob comando de Staley e excelentes blitzes de DBs dos chiefs, RT tem um valor altíssimo.
#18 – Miami Dolphins: Rashod Bateman (WR – Minnesota)
Muito se fala da necessidade de oferecer mais armas a Tua Tagovailoa. Na última temporada, o QB se viu sem seus melhores WRs no momento decisivo da temporada, e acabou sofrendo demais para desenvolver o ataque no campo. Por isto, optar pelo melhor WR seria outro acerto dos Dolphins.
Bateman mostrou muita qualidade ao longo de seus anos com os Golden Gophers, mostrando capacidade de vencer tanto por fora do campo, quanto por dentro. Ele seria um fit interessante, aproveitando de RPOs de Tua para congelar um pouco a defesa e obter vantagem. Além de tudo, Bateman mostra muita competitividade, sem medo algum de receber um bola no meio do campo e enfrentar defensores.
#19 – TRADE ALERT! Denver Broncos (via Washington): Najee Harris (RB – Alabama)
Os Broncos mostraram interesse na contratação de Chris Carson durante a free agency, justamente após perder Phillip Lindsay. Com Melvin Gordon não correspondendo exatamente como a franquia esperava (e prestes a finalizar seu contrato), Denver olha pro Draft e traz o dinâmico Harris.
Em Bama, Harris foi um jogador extremamente explosivo, envolvido muito no jogo aéreo além, é claro, de correr com muita competência. Sua capacidade de realizar cortes e quebrar tackles o colocam como melhor prospecto de uma posição que não é muito valorizada. Com um novo GM, os Broncos evitam o risco de ir num QB por enquanto.
*A troca citada é uma simulação feita pelo autor
#20 – Chicago Bears: Christian Barmore (DT – Alabama)
Desculpa, sei que já está cansado de jogadores de Alabama, mas eles realmente vão sair na primeira rodada. Barmore foi um DL excelente no esquema de Saban, e chegaria em Chicago com a difícil missão de substituir Akien Hicks no esquema.
Ao observar a final universitária, se vê em Barmore um jogador muito instintivo, capaz de vencer duelos e até mesmo double-team, o que ajudaria muito Khalil Mack a enfrentar menos bloqueios. Com boa leitura, ele pode ser uma âncora contra corrida e, ainda assim, pressionar o QB adversário.
#21 – Indianapolis Colts: Caleb Farley (CB – Virginia Tech)
Os Colts seguem precisando de ajuda na posição de defensive back e, com isto, selecionam o melhor disponível. Farley é um defensor muito agressivo, que costuma atacar muito bem a bola no momento que ela chega ao WR. Ainda, mostra muita capacidade de recuperação, tendo atributos físicos que impressionam os scouts.
Contudo, sua força acaba sendo sua fraqueza. Ainda que seu potencial atlético seja muito elogiado, até mesmo para diminuir a velocidade dos adversários com o contato constante, ele tem um histórico de lesões maior do que deveria para sua idade. Ao longo de sua carreira universitária, poucas foram as partidas em que jogou 100%, e isto será um fator que definirá sua carreira na NFL.
#22 – Tennessee Titans: Jaycee Horn (CB – South Carolina)
Depois de dispensar Adoree Jackson e Malcolm Butler, a equipe precisa urgente encontrar novos defensores para jogar nas extremidades. Os Titans sabidamente tem um ataque explosivo e muito capaz de enfrentar qualquer time e, agora com Dupree, espera conseguir pressionar com qualidade.
Assim, a escolha de Horn é muito interessante, sendo o prospecto que aparenta ter o maior teto na classe. Ainda que não seja o melhor hoje, o ex-Gamecock tem habilidades que podem o fazer decolar na liga, em especial a capacidade de marcação individual. Por conta de sua agressividade, terá de adaptar à NFL o quanto de contato pode fazer com o recebedor adversário, para não ceder faltas em excesso.
#23 – TRADE ALERT! Green Bay Packers (via Jets, Seahawks): Greg Newsome (CB – Northwestern)
Os Packers recebem a informação (falsa) de que alguma franquia subiria por seu prospecto e puxam o gatilho novamente, desta vez, para endereçar sua secundária. Mesmo com a renovação questionável de Kevin King, o jogador não deve ficar mais que um ano, e a reposição já é feita neste Draft.
Newsome é um jogador muito promissor, com boa capacidade de jogar em press. Mesmo quando é vencido na linha, consegue recuperação e ataca o recebedor, com ótima transição de movimento para se adapta às rotas. Contra ele pesa o fato de ter jogado pouco ao longo dos últimos anos, sofrendo com algumas lesões que podem afetar a forma como é visto pelas franquias.
*A troca citada é uma simulação feita pelo autor
#24 – Pittsburgh Steelers: Liam Eichenberg (OT – Notre Dame)
A reconstrução do ataque de Pittsburgh passa pelo segredo do sucesso da unidade no início da década: linha ofensiva. O veterano Villanueva não teve contrato renovado e, por isto, um bom tackle é o primeiro passo para a OL voltar a ser dominante.
Eichenberg é um produto de Notre Dame e, assim, você pode confiar em seus bloqueios. O programa é muito comprometido com o jogo terrestre e seria uma adição interessante para abrir gaps e tirar a pressão de um QB em final de carreira.
#25 – Jacksonville Jaguars (via Rams): Travis Etienne (RB – Clemson)
É, muita gente coloca Etienne apenas no segundo dia, mas os Jaguars não! A equipe utiliza a segunda escolha do dia para trazer um ótimo complemento ao novo franchise quarterback. A dupla jogou junto em Clemson e estaria pronta para ser a grande sensação jovem da NFL logo em Setembro.
Etienne mostrou ao longo dos anos muita capacidade de contribuir no jogo todo. Ainda que não seja um prospecto completo em todos os níveis do jogo, mostra muita disposição e comprometimento. Jogadas explosivas, auxílio em bloqueios e muitas recepções seriam vistas em Jax, ainda que a escolha seja questionável nesta altura.
#26 – Cleveland Browns: Trevon Moehrig (S – TCU)
Eu sei, Johnson chegou na free agency. Contudo, ainda falta um jogador na posição e, quem diria, os Browns estão na posição de selecionar um safety na primeira rodada sem sofrer por isto. A secundária sofreu demais ao longo do ano e Moehrig seria titular desde o dia 1.
O prospecto de TCU venceu o prêmio de melhor DB do último ano e mostrou muita agressividade após leituras rápidas. Por conta de sua explosão, foi uma arma excelente contra jogadas rápidas na linha e, ao mesmo tempo, conseguiu alguns bons lances em coberturas no fundo.
#27 – Baltimore Ravens: Kadarius Toney (WR – Florida)
A free agency em Baltimore foi TODA focada em buscar um novo recebedor para Lamar Jackson. A esta altura do Draft, Toney seria uma aquisição muito boa, pois mostrou muita qualidade em rotas variadas e é capaz mudar o ataque que o selecionar. A criatividade ofensiva dos Ravens poderia ser ampliada com ele, que poderia até mesmo alinhar de RB às vezes.
Durante as duas últimas corridas nos playoffs, ficou claro que o jogo aéreo precisaria desenvolver, tanto por parte do QB quanto do grupo de WRs. A adição de Toney seria decisiva para evolução do grupo e maior dinamismo em jogos apertados em que a virada pode ser necessária.
#28 – New Orleans Saints: Jeremiah Owosu-Koramoah (LB – Notre Dame)
Times sem cap podem sim draftar! Os Saints passam a trabalhar a vida pós-Drew Brees, e isto começa com a adição de um linebacker absolutamente explosivo para formar dupla com o excelente Demaro Davis. A defesa não é tão reconhecida quanto deveria, mas deverá ser nela que o time irá se apoiar até encontrar um QB.
Jeremiah é um LB muito instintivo, com um motor que não apaga e capacidade de cobertura. Muitos indicam que seu tamanho não é ideal para NFL, mas D. Leonard e R. Smith também não tem e estão entre os melhores. Por conta de sua versatilidade, a defesa ganharia um jogador capaz de rodar vários esquemas sem a necessidade de substituições, podendo confundir os ataques adversários. Na divisão de Tom Brady, é um acerto selecionar um defensor.
#29 – TRADE ALERT! New York Jets (via Packers): Jaylen Mayfield (OT – Michigan)
Você acreditaria que os Jets podem ser os maiores vitoriosos em uma noite de NFL? Aqui podem! Após garantir o quarterback que irá mudar a cara da franquia, Joe Douglas busca mais um jogador para protegê-lo. Mayfield se uniria a Mekhi Becton para formar um trio jovem no qual se desenvolveria a franquia.
Ele pode parecer uma aposta, já que tem poucos jogos na universidade (15), mas mostrou muita habilidade com as mãos e já teve de enfrentar edges de muito sucesso. Assim como Becton, ele consegue aliar bom tamanho com alto nível atlético, de modo a prover aos Jets dois tackles de qualidade e o início de uma nova era.
*A troca citada é uma simulação feita pelo autor
#30 – Buffalo Bills: Azeez Ojulari (Edge – Georgia)
Para tentar desbancar Patrick Mahomes, os Bills precisam ser mais efetivos em sua linha defensiva. Com a manutenção do ataque, o time pode até tentar trocar pontos, mas parar o grande favorito na conferência requer o mínimo de pressão no quarterback.
Ojulari vem de um programa muito tradicional, e mostrou uma bom trabalho de mãos para sair de bloqueios. Uma das características mais interessantes é o ataque à bola, sempre visando arrancar da mão do quarterback adversário e trocar a posse. Num sistema defensivo inteligente como o de Buffalo, Ojulari poderia se desenvolver e facilmente virar o Edge 1 da equipe.
#31 – Kansas City Chiefs: Alex Leatherwood (OL – Alabama)
Muitos esperavam que este jogador aparecesse no Draft 2020, mas assim como D. Smith e N. Harris, ele optou por retornar à universidade. Com uma temporada 2019 muito boa, os analistas previam uma temporada dominante em 2020. Contudo, o jogador pareceu por vezes desligado e não finalizou seus bloqueios, o que lhe afetou um pouco. Com Reid, se desenvolveria facilmente.
Os Chiefs têm uma necessidade óbvia na linha ofensiva. Após o desastre nas proteções a Mahomes durante o Super Bowl, o time optou por renovar a OL e terá mudança nas posições de OT. Leatherwood é uma escolha muito inteligente no time que segue sendo o grande favorito ao Vince Lombardi.
#32 – Tampa Bay Buccaneers: Daviyon Nixon (DT – Iowa)
Mesmo com o retorno de Suh, o atual campeão pode se dar ao luxo de optar pelo melhor jogador disponível e, neste caso, é Nixon. A defesa foi muito bem, especialmente em momentos decisivos dos playoffs, dando aos Bucs o segundo título.
Nixon ainda precisa de desenvolvimento, mas mostrou características boas o bastante para sair na primeira rodada. Com uma história de superação muito interessante, o DT poderia utilizar seu primeiro ano para aprender com Vea e Suh e assumir o papel do veterano a partir do ano 2. Seu ataque de gap é excelente, o que somente aumentaria o poder de fogo desta defesa contra a corrida, forçando os ataques a permanecerem unidimensionais.
Por: Fabio Garcia
Fonte: theplayoffs.com.br