É seguro viajar agora? Como tudo que envolve o coronavírus, a resposta não é tão simples assim. Para ajudar você, levantamos as principais questões em relação ao quão seguro é viajar na pandemia e exibimos abaixo o que tem sido feito (e o que você pode fazer) para diminuir os riscos de contaminação em viagens.

Se quiser saber mais sobre quais fronteiras estão abertas e quais países exigem quarentena, confira nosso mapa de restrições de viagens. Acompanhe também informações de viagem em tempos de coronavírus, nossa página atualizada diariamente com políticas de reembolso e cancelamento das principais companhias aéreas e recomendações do Ministério da Saúde e da OMS em relação à situação do Covid-19 no Brasil e no mundo.

Atenção: este artigo foi atualizado pela última vez em 30 de dezembro de 2020 e estava correto no momento da postagem.

É seguro viajar de avião na pandemia?

Aos poucos, as linhas aéreas estão retomando voos entre os principais destinos brasileiros e muitos países voltaram a aceitar voos internacionais. Veja abaixo quais são os desafios de embarcar em uma viagem de avião na pandemia e o que as companhias têm feito para diminuir os riscos de contágio.

Imagem: www.dicasdelasvegas.com.br

 

Viajar de avião na pandemia: desafios

A maior preocupação em uma viagem de avião durante a pandemia é a circulação de oxigênio dentro da aeronave. Afinal, como funcionam os filtros de ar dos aviões? Muitas das companhias aéreas já utilizavam filtro de ar com tecnologia HEPA (High Efficiency Particulate Air), que auxilia na renovação do ar. O sistema funciona verticalmente, puxando o ar por cima dos passageiros, retirando-o da aeronave e misturando-o com oxigênio reciclado antes de lançá-lo de volta ao interior da cabine, por meio de exaustores instalados no chão.

De acordo com especialistas da Universidade de Leicester, na Inglaterra, o processo é efetivo e garante a limpeza do ar, mas não previne 100% a contaminação, já que não funciona lateralmente, interferindo pouco no fluxo entre uma poltrona e outra, por exemplo.

Conversas frente a frente são as principais responsáveis pela transmissão do vírus em aeronaves e em qualquer outro lugar fechado. Além disso, superfícies como poltronas, portas, maçanetas, pias e torneiras são fontes de contágio, exigindo cuidado redobrado em relação à higiene em voos durante a pandemia.

Aeroportos durante o coronavírus: o que está sendo feito para diminuir as chances de contágio

As medidas de segurança para reduzir as possibilidades de contágio em aeroportos e dentro dos próprios aviões já mudaram o jeito como viajamos hoje – e já podemos o traçar o futuro das viagens de avião após a pandemia. Os cuidados incluem:

  • Uso de máscarascomo dito acima, o maior problema da atmosfera dentro do avião é o fluxo de ar entre uma poltrona e outra. A máscara é uma grande aliada nesse sentido e deve ser usada por passageiros e pela tripulação;
  • Renovação frequente do ara LATAM, por exemplo, afirma que o ar de suas aeronaves é renovado a cada três minutos;
  • Disponibilidade de álcool em gel: o item deve estar presente em lugares estratégicos dos aeroportos e também durante os voos;
  • Serviço de bordo reduzido: comer no avião é um dos fatores que mais aumentam as chances de proliferação de vírus e bactérias e, por isso, o serviço de bordo foi alterado pelas linhas aéreas. Um exemplo é a GOL, que está servindo água apenas aos viajantes que solicitarem e entregando os snacks somente no final do voo;
  • Assento do meio livre: sempre que possível, as companhias aéreas devem evitar lotar os voos e tentar manter as poltronas do meio livres;
  • Higiene redobrada: cabines, corredores e banheiros são higienizados com maior frequência;
  • Controle sanitário antes do embarque: o tempo de antecedência para chegada no aeroporto é maior agora – a recomendação é chegar duas horas antes para voos nacionais e quatro horas para voos internacionais;
  • Novas regras de embarque e desembarque: cada companhia aérea tem suas orientações para evitar aglomerações enquanto passageiros embarcam e desembarcam;
  • Check-in: deve ser online.

É seguro viajar de carro?

Se você está se perguntando como viajar na pandemia com segurança, talvez pegar a estrada de carro seja uma boa ideia. Dentro de um veículo particular, o contato com desconhecidos cai drasticamente, diminuindo a exposição ao vírus. Mesmo assim, há alguns desafios ao planejar a melhor viagem de carro.

Imagem: confiancacarros.com.br

Viajar de carro na pandemia: desafios

No caminho, os desafios incluem paradas para abastecer e/ou ir ao banheiro; e, dependendo da rota, pagar o pedágio pode ser o maior risco, já que são poucas as concessionárias no Brasil que utilizam máquina como forma de pagamento.

É seguro viajar de carro, desde que…

Todos os cuidados recomendados pela OMS sejam respeitados. Lembre-se que a orientação ainda é não viajar durante a pandemia. Se for inevitável, opte por:

  • distâncias curtas, inclusive, viagens locais são umas das tendências de viagem pós-pandemia;
  • pagar os gastos com cartão ou pelo celular, sempre que possível;
  • ter álcool em gel dentro do carro;
  • levar a própria comida.

Além disso, prepare-se para possíveis barreiras sanitárias, dependendo do lugar por onde você pretende transitar. Em muitos estados brasileiros, especialmente nas regiões de povoados, como na Chapada dos Veadeiros (GO), há controle sanitário nas entradas e saídas das rodovias. A temperatura corporal dos passageiros é medida e há orientações específicas dependendo de cada caso.

É seguro se hospedar em hotéis durante a pandemia?

As hospedagens também estão se adaptando a esse novo desafio do turismo, tomando medidas de segurança e higienização para garantir a tranquilidade e a comodidade dos hóspedes. Caso seja necessário viajar, mais do que nunca é hora de escolher com cuidado os melhores hotéis para se hospedar durante a quarentena e saber o que fazer se sua reserva for cancelada. Algumas das nossas dicas mais importantes são:

  • Procure por hotéis com mais flexibilidade em caso de cancelamentos e/ou alterações;
  • Observe no site do hotel se há informações sobre medidas em relação a COVID-19, como limpeza monitorada e inspeções de luz negra;
  • Uso de tecnologias para evitar contato, como aplicativos para solicitar serviço de quarto e abrir a porta da acomodação.

Imagem: revistapegn.globo.com

 

Para onde é seguro viajar agora?

De acordo com as diretrizes da OMS, para a reabertura de um país acontecer de forma minimamente segura, é preciso que haja:

  1. Redução significativa de registros de casos de coronavírus;
  2. Sistema local de saúde com capacidade para receber infectados;
  3. Capacidade de monitoramento de casos.

No momento, 12 países estão com restrições leves para brasileiros de acordo com o nosso mapa de restrições de viagem. Destacamos abaixo alguns países para onde viajar na pandemia é possível, pois as regras de entrada mais flexíveis para brasileiros. Destacamos também as medidas de segurança adotadas por cada um:

  • Bolívia: é necessário ter um certificado médico com resultado negativo para o teste PCR Coronavirus (COVID-19), emitido no máximo 3 dias antes da chegada. Um formulário também deve ser preenchido e entregue na chegada ao país;
  • Colômbia: um formulário de pré-registro migratório deve ser preenchido 24h antes da viagem e até 1h antes da partida;
  • Costa Rica: um formulário deve ser preenchido online antes da partida do voo para a Costa Rica, e o QR code gerado deve ser apresentado na chegada ao país. Também é necessário ter um seguro de viagem com cobertura de custos de tratamento e acomodação em caso de contaminação por Coronavírus (COVID-19);
  • México: um formulário deve ser preenchido e entregue na chegada ao país;
  • Reino Unido: brasileiros devem respeitar o isolamento de 10 dias ao chegar em solo britânico. Além disso, é necessário preencher um formulário e apresentá-lo na imigração;
  • República Dominicana: um bilhete eletrônico ou um formulário de declaração de saúde deve ser preenchido e entregue antes da partida. Os passageiros estão sujeitos a exames médicos na chegada;
  • Seychelles: os passageiros devem ter uma autorização de viagem médica aprovada emitida pelo site oficial de Seychelles e estão sujeitos a exames médicos na chegada;
  • Turquia: é necessário ter um certificado médico com resultado negativo para o teste PCR Coronavirus (COVID-19), emitido no máximo 72 horas antes da chegada. Passageiros e a tripulação da companhia aérea também estão sujeitos a exames médicos.

Apesar da reabertura de alguns destinos, vale lembrar que muitos deles ainda apresentam números elevados de contaminação ou estão passando por uma segunda onda.

Reino Unido, apesar de ser um dos únicos países da Europa com restrições moderadas para brasileiros, recentemente detectou uma nova variedade do coronavírus, fato que deixou o mundo ainda mais alerta. Já a Colômbia é um exemplo de país aberto, mas com grande número de casos ativos de COVID-19 – é o 10° em número de ocorrências de coronavírus, segundo a tabela da OMS.

Ainda é difícil destacar um lugar seguro para viajar na pandemia ou afirmar quando poderemos viajar novamente sem restrições. O melhor agora é programar viagens pelo Brasil, seja para escapadas de final de semana ou viagens no verão.

Para inspirar, veja alguns conteúdos que preparamos para você:

Como viajar com segurança na pandemia

Para viajar na pandemia, os cuidados em relação a distanciamento social, uso de máscara e higiene são essenciais, independentemente do lugar a ser visitado.

No que diz respeito aos passeios, a reabertura de destinos turísticos no Brasil e de espaços públicos como bares, restaurantes e atrações turísticas está acontecendo gradativamente dependendo do número de casos de cada região. Mesmo assim, tudo pode mudar e o comércio pode voltar a fechar a qualquer momento. Esteja sempre atento aos sites oficiais da cidade, estado ou país para onde você pretende viajar durante a pandemia.

Caso tenha que fazer uma viagem internacional, confirme se há obrigatoriedade de ficar em quarentena ao chegar. Ao retornar, fique atento aos sintomas e considere fazer isolamento de pelo menos 7 dias. Para mais informações, acesse o site do Ministério da Saúde.

Imagem: viagemeturismo.abril.com.br/

 

Fonte: skyscanner.com.br
Imagem da Capa: Getty images